Qual seria a filosofia do hoje?
Os mesmos questionamentos levantados pelos pré-socráticos, por exemplo, seriam pertinentes para os dias de hoje?
O que os primeiros filósofos teriam para nos ensinar?
Estaríamos nós carentes de uma filosofia atual que dialogasse com as questões atuais?
Um vasto universo para se pensar sobre. |
São com estes questionamentos que inicio essa reflexão. Primeiramente, para dizer que são as questões, as perguntas que mais importa do que a própria resposta.
Ao estudar a história da filosofia, percebemos que cada período histórico faz emergir questões específicas que são pertinentes para aquele momento, cultura e sociedade.
Ao se tratar dos pré-socráticos, os primeiros filósofos, a pergunta principal que norteava todo o seu fazer filosófico era: qual é a origem e a matriz de todas as coisas? Em outras palavras, de onde tudo vem e de que tudo é feito?
Era esse questionamento que orientava a filosofia pré-socrática e, ao longo da história da filosofia, esse questionamento foi mudando.
Então, já podemos aqui responder duas das questões propostas na introdução dessa postagem.
Já que cada momento histórico traz perguntas pertinentes para a produção filosófica da época, então, os levantamentos levantados pelos pré-socráticos não faria sentindo nos dias de hoje. No entanto, os primeiros filósofos nos ensinam a questionar e ir atrás da origem das coisas para alcançar a resposta.
Para Tales de Mileto, por exemplo, o elemento originador e constituidor de todas as coisas era a água.
Qual seria a filosofia de hoje?
Quais seriam as questões de hoje?
O que os filósofos atuais teriam que questionar para fazer filosofia?
E a partir de agora, levantarei uma breve e honesta reflexão acerca das duas outras questões que propus nas primeiras linhas desta postagem.
Sem muito determinismo e ditação de regras, muito menos panfletarismo e militância, a filosofia de hoje teria que ser uma filosofia que investigasse e aprofundasse ainda mais (visto que já existe uma filosofia para estas questões, mas talvez descontextualizada) a reflexão sobre os seguintes temas: futuro da humanidade, o lugar da inteligência, as barreiras que o conhecimentos enfrenta e sobre a verdade, bem como a sua dicotomia com a mentira, atualmente, "fake news".
Para estas questões atuais, sim, estamos carentes de uma filosofia sistematizada e robusta que debruce a sua investigação sobre estes temas. Não estou aqui dizendo que não existam filósofos produzindo pensamento acerca destes temas, mas ainda não é suficiente para a demanda que os dias de hoje nos traz.
Isso me leva ainda a um novo questionamento: será que ainda não percebemos ou então (o que sinceramente eu acho) não estamos dando a devida importância às questões atuais e, por isso, não estamos tão engajados como, por exemplo, os pré-socráticos quando produziram os seus pensamentos sobre a origem do cosmos? E utilizo aqui os pré-socráticos como exemplo porque não foi somente Tales de Mileto que orientou a sua filosofia para responder ao questionamento sobre a origem e matriz de todas as coisas, ao propor a água como este elemento originador (arché), mas muitos outros filósofos também contribuíram para esta questão.
Enfim, início aqui uma discussão sobre essa temática e a desdobrarei em outras postagens com a finalidade de aprofundar um pouco mais sobre a questão, dando assim pistas para uma reflexão que possa chegar a uma primeira resposta.
Até a próxima provocação filosófica e força sempre.
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