quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Questões de Lógica...

O que é Lógica?

A lógica tem como significado: pensamentos, ideias, argumentos, relatos, razão lógica ou princípios lógicos, é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia.

Você já estudou lógica? Então confira o texto abaixo e reflita.

Existem biscoitos feitos de água e sal.
O mar é feito de água e sal.
Logo, o mar é um biscoitão.

Quanto mais comemos, mais defecamos;
Quanto mais defecamos, mais emagrecemos;
Logo: quanto mais se come mais se emagrece.

Quando bebemos, ficamos bêbados.
Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos pecados.
Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu.
Então, vamos beber para ir pro Céu!

Sabe-se que as baratas sobreviveriam a uma guerra nuclear.
A esperança é última que morre.
Logo, a barata é o símbolo da esperança!

Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada.
Já os vagabundos têm todo tempo do mundo.
Tempo é dinheiro.
Logo, os vagabundos ganharão mais dinheiro do que os trabalhadores.

As mulheres dizem que homem não presta.
A mãe do Leonardo di Caprio declarou que seu filho é um garoto muito prestativo.
Logo, Leonardo di Caprio não é homem.

As pessoas que querem emagrecer fazem dietas.
As dietas recomendam o consumo de verduras e peixe.
Ora, elefantes comem verduras e baleias comem peixe.
Assim, quem faz dieta engorda!

“Deus ajuda quem cedo madruga”.
Quem cedo madruga, dorme à tarde…
Quem dorme à tarde, não dorme à noite…
Quem não dorme à noite, sai na balada!
Conclusão: Deus ajuda quem sai na balada!

Deus é amor.
O amor é cego.
Steve Wonder é cego.
Logo, Steve Wonder é Deus.

Disseram-me que eu sou ninguém.
Ninguém é perfeito.
Logo, eu sou perfeito.

Mas só Deus é perfeito.
Portanto, eu sou Deus.
Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder!
Meu Deus, eu sou cego!

Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos. Quanto mais queijo, mais buracos. Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo. Assim, quanto mais buracos, menos queijo. Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo. Logo, quanto mais queijo, menos queijo!

O bicho-papão muda de cor.
O bicho-papão anda para trás.
O bicho-papão come criancinhas.
O bicho-papão é Michael Jackson!

Quem trabalha muito, erra muito.
Quem trabalha pouco, erra pouco.
Quem não trabalha não erra.
E quem não erra… é promovido!

E, para finalizar, a melhor de todas:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A história da filosofia.

        A história da filosofia é normalmente dividida em três grandes períodos históricos: a Filosofia Antiga (do século VII a.C. até o século III d.C.), a Filosofia Medieval (do século IV a.C. ao século XVI a.C.) e a Filosofia Moderna (do século XVII a.C. aos nossos dias). Naturalmente, essa é uma divisão um tanto arbitrária, e não pode ser considerada à prova de erros.

CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA ANTIGA
        A filosofia antiga é usualmente dividida em quatro períodos: o período dos Pré-Socráticos, o período de Platão e Aristóteles, o período Pós-Aristotélico (ou Helenístico) e, às vezes, é também considerado um período que inclui os filósofos Neoplatônicos e os primeiros filósofos cristãos. Os filósofos antigos mais importantes (em termos de sua influência) são Platão e Aristóteles.
        Os temas da filosofia antiga são: o entendimento das causas e princípios fundamentais do universo; a explicação disso em uma forma única e uniforme; o problema epistemológico da reconciliação entre a diversidade e a mudança no universo natural, com a possibilidade de obter conhecimento fixo e certo sobre a pluralidade e a transformação; questões sobre as coisas que não podem ser percebidas pelos sentidos, como números, elementos, universais e deuses; a análise dos padrões de argumentação; a natureza da boa vida e a importância do saber e do conhecimento para possuí-la; a explicação do conceito de justiça e sua relação com os variados sistemas políticos.
       
CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MEDIEVAL
        A filosofia medieval é a filosofia da Europa Ocidental e do Oriente Médio durante o que é conhecido como Idade Média, entendida como o período entre a queda do Império Romano até o Renascimento. A filosofia medieval é definida parcialmente pela redescoberta e posterior desenvolvimento da filosofia grega e helenística, e parcialmente pela necessidade de responder a problemas teológicos e de integras as doutrinas sagradas (no Judaísmo, no Islamismo e no Cristianismo) com o ensino secular.
        Auns problemas discutidos nesse período são a relação entre a fé e a razão; a existência e a unidade de Deus; o objeto da teologia e da metafísica; os problemas do conhecimento; a existência dos universais; e a questão da individuação.
        Filósofos medievais incluem: os filósofos judeus Maimônides e Gersônides; os filósofos muçulmanos Alfarabi, Avicena e Averróis; e os filósofos cristãos Agostinho, Anselmo, Abelardo, Roger Bacon, Tomás de Aquino, Duns Scotus, William de Ockham e Jean Buridan.
      
CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MODERNA
        A filosofia moderna pode ser dividida entre três grandes períodos: a filosofia dos séculos XVII a XVIII, a filosofia do século XIX e a filosofia contemporânea (do início do século XX até hoje).
        A filosofia moderna inicia com o reavivamento do ceticismo e o surgimento da moderna ciência física. A filosofia neste período é centrada nos problemas a respeito: da relação entre a experiência e a realidade; da origem última do conhecimento; da natureza da mente e de sua relação com o corpo; das implicações das novas ciências naturais para o livre arbítrio e Deus; e da necessidade da emergência de uma base secular para a moral e para a filosofia política.
        Figuras importantes incluem da filosofia moderna do século XVII e XVIII incluem: Montaigne, Bacon, Hobbes, Descartes, Locke, Spinoza, Leibiniz, Berkeley, Hume e Kant.
        A filosofia moderna posterior é usualmente considerada como tendo iniciado após a filosofia de Kant no início do século XIX. Os Idealistas Alemães, como Fichte, Hegel e Schelling, expandiram o trabalho de Kant sustentando que o mundo é inteiramente conhecível porque é constituído por um processo racional.
        Rejeitando o idealismo, outros filósofos, muitos trabalhando fora da universidade, iniciaram linhas de pensamento que entraram na filosofia acadêmica do início do século XX: Peirce e William James iniciaram a escola do Pragmatismo; Husserl iniciou a escola da Fenomenologia; Kierkegaard e Nietzsche iniciaram o Existencialismo; Frege iniciou a Filosofia Analítica.

CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
        No século XX, a filosofia veio a se tornar uma atividade praticada principalmente dentro da universidade, transformando-se em uma atividade mais especializada e totalmente separada das ciências naturais.
        No mundo anglófono, a Filosofia Analítica tornou-se a escola dominante. Na primeira metade do século, era uma escola coesa, mais ou menos idêntica ao Positivismo Lógico, unida pela noção de que os problemas filosóficos poderiam e deveriam ser resolvidos pela atenção à lógica e à linguagem. Na segunda metade do século XX, a Filosofia Analítica se dividiu em uma variedade de visões filosóficas, apenas unidas fragilmente pelas linhas de influência histórica e um compromisso com a clareza e o rigor. Desde os anos 1960, a Filosofia Analítica tem mostrado um interesse renovado pela história da filosofia, assim como uma tentativa de integrar o trabalho filosófico com resultados científicos, especialmente da psicologia e das ciências cognitivas.
        Na Europa Continental, nenhuma escola filosófica específica dominou. A partida dos Positivistas Lógicos da Europa Central para os Estados Unidos, durante os anos 1930 e 1940, contudo, diminuiu o interesse filosófico pela ciência natural, e a ênfase nas humanidades. Movimentos importantes foram a Fenomenologia, o Existencialismo, a Hermenêutica e o Estruturalismo.

A todos, força sempre.
Até a próxima.

Filosofia, uma introdução.

        Dois filósofos gregos, Platão e Aristóteles, indicaram com exatidão a experiência que, segundo eles, dá origem ao pensar filosófico. É aquilo que os gregos chamaram “thauma” (espanto, perplexidade, admiração).
        A filosofia começa, então, quando algo desperta nossa admiração (que é isso? por que é assim? como é possível que seja assim?), interroga-nos insistentemente, exige uma explicação.
        A filosofia grega parece ter surgido quando, por uma série de fatores complexos, as respostas dadas pelo mito e certas questões não satisfizeram mais a certas mentes particularmente exigente de um povo particularmente curioso e passível de se espantar – e as questões continuam assim: a exigir uma resposta que fosse além das convencionais.
        Os problemas filosóficos são aqueles relativos aos conceitos utilizados por nós, noções que geralmente passam desapercebidas, a respeito das quais não nos preocupamos, ideias que não analisamos.
        Portanto, o objeto da filosofia é o conceito, é a noção, é a ideia. Quer sejam conceitos, noções e ideias do nosso dia-a-dia, quer sejam parte de domínios específicos do conhecimento.
        O método da filosofia também não é semelhante ao método das ciências físicas ou das ciências humanas. O trabalho sobre os conceitos acontece por meio do diálogo, da polêmica, da discussão – seja com filósofos amigos, por meio de conversas pessoais ou de diálogos de artigos, seja com a obra textual de filósofos que não conhecemos pessoalmente.
        Portanto, o objeto da filosofia é o conceito e o seu método é o argumentativo.
        A filosofia tem como objetivo alcançar a verdade acerca das noções, dos conceitos e das idéias mais fundamentais. Mas a verdade não é, necessariamente, absoluta. A verdade é provisória. A verdade é a melhor resposta que se tem atualmente. Isso não faz a verdade ser relativa; a verdade é uma conseqüência necessária da melhor argumentação possível hoje.
        Por isso, é melhor estudar filosofia do que não estudar. Ter a certeza de chegar a uma verdade válida, ainda que provisória, é melhor do que não chegar à verdade e viver cheio de opiniões frágeis fundamentadas em preconceitos. Viver com uma verdade provisória, aberta à discussão, é melhor do que viver sem verdade alguma, achando que se tem todas as verdades do mundo.
        A filosofia não é, portanto, mera opinião. Não é, também, qualquer argumentação. É a busca pela melhor argumentação, é o contrário da opinião – isso quer dizer que o filósofo não é uma pessoa cheia de opiniões sobre tudo, mas uma pessoa que investiga ideias e noções, utilizando uma técnica (lógica e argumentativa) para estudá-las.
        Por esse motivo é importante o estudo da lógica e da técnica argumentativa. Você, aluno, deve saber utilizar os argumentos com propriedade na construção de ensaios sobre temas filosóficos. Afinal, a primeira função do estudo da filosofia é tornar os estudantes capazes de filosofar com alguma competência.
        A todos, força sempre.
        Até a próxima.